sexta-feira, 31 de agosto de 2012




A oração do casal
Um cônjuge está sempre erguendo o outro no momento de uma possível queda

Homem e mulher, que deixam pai e mãe, partem rumo ao belíssimo desafio da vivência da unidade, contando com a graça de estado do matrimônio. “Aquilo que Deus uniu, não o separe o homem”  (Mc 10,9).
Só Deus é uno, só a Ele pertence o caráter de ser único, portanto, somente Ele pode transmitir a unidade aos que O buscam e n’Ele crêem...
“Que todos sejam um; como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti,
 que também eles estejam em nós” (Jo 17,22).
O matrimônio é um sacramento celebrado pelos cônjuges e abençoado pela Igreja, na pessoa do sacerdote. Porém, é essencial que ambas as partes, homem e mulher, tomem consciência de que, desde a bênção nupcial,
 a unidade entre eles se faz perfeita.
Percebe-se então, com clareza, que esse sacramento não é uma sociedade humana. Tampouco o é um simples reconhecimento, por parte da Igreja, de um casal que já vivia junto e passa a viver sob a bênção de Deus. Desde o princípio, o homem e a mulher foram criados para serem unidos e viverem o mistério da unidade em Deus. Unidade semelhante àquela vivenciada pela Santíssima Trindade. É a experiência mística de aprender a amar ao seu “próximo mais próximo”, como a si mesmo.
Nesse relacionamento, no qual Deus gera a unidade, existe continuamente uma batalha espiritual a dois. Um cônjuge está sempre erguendo o outro no momento de uma possível queda, pois o Senhor nunca  permite que ambos caiam ao mesmo tempo.
Os cônjuges vêem a imagem de Jesus Cristo nas suas faces e, assim, aprendem a amar-se. No entanto, se existe uma batalha espiritual no relacionamento matrimonial, se o inimigo de Deus tenta de todas as maneiras destruir os casamentos, faz-se necessário que os esposos estejam sempre muito bem armados para se defenderem.
No mundo hodierno, dificilmente os cônjuges têm consciência do que é o matrimônio. Normalmente, quando surge uma situação mais difícil ou mesmo uma pequena discordância de idéias, ambos reagem humanamente, e, tantas vezes, assumem posturas precipitadas, ignorando as armas que Deus põe em suas mãos, por conta do sacramento do matrimônio.
Os casais têm a missão de fazer seu matrimônio cada vez mais santo. Para que esse objetivo seja atingido, faz-se necessário uma labuta incansável, como na lapidação de uma pedra bruta, do diamante, para que ele, transformando-se em "brilhante", reflita Jesus Cristo para todos os que o cercam e d’Ele têm sede.
A vida espiritual é dinâmica. O Espírito Santo é a "espada santa" de todo casal. Quantas palavras incompreendidas e duras podem ser trocadas entre os esposos que ainda não sabem que sua união é sinal vivo e eficaz de Jesus! Portanto, um casal precisa orar junto, tendo em vista o carisma de sua unidade. Homem e mulher, tornados um pelo sacramento do matrimônio, necessitam rezar unidos. Essa oração não pode ser apenas pessoal, ela precisa acontecer com o casal. A perfeita unidade da alma e do corpo cultiva-se pela oração.
Quantas vezes os casais propagam sua unidade intelectual e física, mas não experimentaram ainda a união de suas almas! Uma harmonia perfeita no casamento deve ser fundada e alicerçada em Jesus.
O casal que, reconhecendo sua pequenez como pecadores, mas sua grandeza por sua filiação divina, colocar-se totalmente carente e despojado diante da única e verdadeira fonte de amor e sabedoria e lá derramar suas almas, viverá plenamente as graças de sua unidade. “Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
A oração do casal o leva a perceber que seu matrimônio não se situa mais no plano humano. Esse modo de orar aprofunda pois a unidade do casal no mistério da unidade divina. Se a oração do casal é algo tão maravilhoso, frutuoso e que tanto agrada ao coração de Deus, por que não acontece sempre? Muitas vezes, sob a desculpa de sono ou cansaço, os cônjuges são confundidos pelo inimigo de Deus e as justificativas, parecendo legítimas, adiam ou impedem que a graça  se derrame mais
 e mais sobre eles.
Um casal unido em Jesus terá uma família fundada na Rocha. Satanás tenta impedir essa harmonia. Ao casal cabe enfrentar essa batalha com a espada santa do Espírito e prostrar-se diariamente aos pés da cruz do seu Redentor, para clamar por sabedoria e unidade, gemer pela graça de poder perdoar-se mutuamente e, acima de tudo, de se amar de modo verdadeiro.
Os esposos que oram juntos, que recebem a Eucaristia em conjunto, fazem frutificar seus talentos e nutrem-se espiritualmente. Não mais caminharão tendo o mundo e seus valores como modelo, mas sim, Cristo, e, com destemor, enfrentarão todas as batalhas e desafios advindos do fato de viverem no mundo, sem a ele pertencerem.



Maria Adília Ramos de Castro
Fonte: Comunidade Shalom

domingo, 26 de agosto de 2012


O protagonismo da família

Queridos irmãos:
Convidamos todos a lerem com os olhos do coração os seguintes versos da música “Utopia”: “No fim da tarde / quando tudo se aquietava / A família se ajuntava / Lá no alpendre a conversar. / O tempo passa / E hoje eu vejo a maravilha / De se ter uma família / Enquanto muitos não a têm. / Há tantos filhos / que bem mais do que um palácio./ gostariam de um abraço / E do carinho de seus pais./ Se os pais se amassem / O divórcio não viria / Chamam isso de utopia / Eu a isso chamo paz”. Cabe a nós refletir a realidade atual, a partir do que disse Paulo VI em defesa do “papel primordial” da família “natural, monogâmica e estável”. Certamente é difícil ao homem secularizado tornar compreensíveis as exigências do Evangelho (Bento XVI).
Em vista disso, estamos convencidos de que, se não fizermos do Evangelho o estatuto de nossa vida familiar, a “família” imergirá no caos, por isso propomos, neste mês em que se celebra a Semana Nacional da Família, dirigir nossa atenção para as pertinentes e relevantes palavras do Papa Bento XVI acerca desse “bem” tão precioso e frágil:
“A família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher e aberta à vida, continua a impor-se como o caminho principal para a geração e o crescimento da pessoa”.
“A família é um ´recurso decisivo` não só para ´regenerar sempre de novo a Igreja` mas também para vivificar o tecido social”.
“Matrimônio e família são instituições cuja verdade deve ser promovida e defendida de qualquer equívoco, porque todo o dano a elas causado é realmente uma ferida que se inflige à convivência humana como tal”.
“A família é riqueza para os esposos, bem insubstituível para os filhos, fundamento indispensável da sociedade, comunidade vital para o caminho da Igreja”.
“A família é lugar privilegiado de educação humana e cristã e permanece, para esta finalidade, a melhor aliada do ministério sacerdotal”.
“A família cristã que consegue viver o amor como comunhão e serviço, como dom recíproco e abertura a todos, reflete no mundo o esplendor de Cristo e a beleza da Trindade divina”.
Que a Sagrada Família de Nazaré ajude nossas famílias a serem irradiadoras da presença de Cristo no mundo.
Com carinho


Cida e Raimundo
CR Super-Região

Os 10 mandamentos do Casal 

Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou  "Os Dez Mandamentos do Casal". 
Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a 
vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.

1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo.

2. Nunca gritar um com o outro.

3. Se alguém deve ganhar na discussão, 
deixar que seja o outro

4. Se for inevitável chamar a atenção,
 fazê-lo com amor

5. Nunca jogar no rosto do outro 
os erros do passado

6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge

7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo

8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro
 uma palavra carinhosa

9. Cometendo um erro, saber admiti-lo 
e pedir desculpas

10. Quando um não quer, dois não brigam

Fonte: Canção Nova/ Prof. Felipe Aquino 

Do livro "Namoro" - Site da Canção Nova (www.cancaonova.com )

Meditando em equipe

Popularmente tido como aziago, do ponto de vista litúrgico, Agosto é o contrário: é o mês feito a gosto para cada um repensar e reavaliar a sua própria vocação no seio da Igreja. Nesse sentido, é de suma importância a exortação que nos faz o apóstolo Paulo: “Exorto-vos eu, o prisioneiro no Senhor, a andardes de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef 4,1). A cláusula “de modo digno” obviamente aponta para um verdadeiro embasamento espiritual, qualquer que seja a nossa vocação na seara divina. Caso contrário, estaríamos a construir sobre areia, fadados ao fracasso. Pedro, bem humano como todos nós, conclui: “Como é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso comportamento, porque está escrito: Sede santos, porque Eu sou santo” (1Pd 1,15-16).





Escuta da Palavra em 1Pd 1,12-23

Sugestões para a meditação:
1. Explique esta frase: “Fostes regenerados, não de uma semente corruptível, mas incorruptível” (v. 23).
2. O que Pedro quer dizer com “o tempo do vosso exílio” (v.17)?
3. Como entender esta expressão: “ponde toda a vossa esperança na graça” (v.13)?
4. E esta: “Cristo, conhecido antes da fundação do mundo” (v.20)?

Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.


Oração Litúrgica

“Me chamaste para caminhar na vida contigo; 
Decidi para sempre segui-te, não voltar atrás! 
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma... 
É difícil agora viver sem lembrar-me de Ti. 
Te amarei, Senhor! Te amarei, Senhor! 
Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti! 
Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem respostas. 
Eu pensei na fuga esconder-me, ir longe de Ti; 
Mas tua força venceu e ao final eu fiquei seduzido: 
É difícil agora viver sem saudades de Ti. 
Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário, 
Pois conheces a minha fraqueza e o meu coração... 
Vem, ensina-me a viver a vida na tua presença. No amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união!”



A sagrada missão de pai

Esta afirmação de Jesus, muitas vezes, é remetida a nós pais que, seguidamente, fazemos esta pergunta a respeito de nossos filhos: afinal, somos nós que os escolhemos ou são eles que nos escolhem? Na verdade, esta escolha não é nossa, é um presente de Deus, tanto para os pais, como para os filhos. E nós a acolhemos num momento de grande alegria e gratidão, mesclados com preocupações e angústias diante da impossibilidade de monitorá-los como gostaríamos. Como todos nós, eles têm o dom do livre arbítrio que, no momento certo, exercem com muita autoridade, muitas vezes para o desespero dos pais, quando as suas escolhas não são as mais prudentes. Para eles o presente significa amor, amparo, proteção e bússola orientadora em suas vidas, não trilhos. Portanto, um presente muito amado e querido por ambos os lados.
Meditamos também na infelicidade dos pais que, ao não conseguirem fazer dos filhos a realização de seu projeto de vida, têm dificuldade em lidar com o diferente. Decepcionam-se e chegam até a pensar que o que Deus lhes deu foi um “presente de grego”. Falta a esse pai a consciência de que, apesar da nossa autoridade de pais, inquestionável, não somos seus donos, mas seus parceiros de jornada e modelo de vida. Somos o seu porto seguro que, em qualquer circunstância, oferece no seu ancoradouro um amor exigente, mas incondicional.
Pensando nisto, o que dizer dos pais que recebem este presente na forma de um filho especial; considerariam também eles um presente de grego ou uma prova de confiança de Deus na sua capacidade de amar mais e ser o suporte para esta frágil criaturinha Sua?
Neste mês em que se comemora o Dia dos Pais, pensemos carinhosamente nisto, principalmente quando estivermos angustiados nas madrugadas de esperas, nas preocupações com os amigos que fazem, ou quando seus futuros parecem não ser claramente luminosos.
E rezemos muito num preito misto de gratidão e esperança, no amor misericordioso daquele que Jesus nos ensinou a chamar carinhosamente de ABBA (paizinho), que é o modelo inequívoco da nossa paternidade humana.

Carmen e Maurílio
CR Região RS I

CONSELHO PARA OS CASAIS