quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Nossa Senhora das Equipes


A Santa Mãe Igreja confia à proteção de Maria os casais do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Assim surge em todos nós uma pergunta, quem é esta a quem somos confiados? Quem é esta mulher? E nos vem a resposta, é Maria, a Mãe de Deus. Ela não é um mito, mas uma verdadeira mulher, com uma história pessoal, mesmo se do Novo Testamento possamos tirar somente alguns traços sobre sua pessoa. Dali não se pode tirar propriamente uma biografia. Ela mora em Nazaré, cidade da Galileia sem nenhuma importância (cf. Jo 1,46). Pertence a um ambiente popular; torna-se esposa de um carpinteiro chamado José, inserindo-se assim no clã de Davi. Participa ativamente dos fatos da vida de seu povo: visita uma parenta idosa chamada Isabel, parte em peregrinação a Jerusalém quando Jesus tinha 12 anos, participa de uma festa de casamento em Caná. Sabe escutar e refletir, mas também sabe falar e tomar decisões corajosas. Contempla as maravilhas de Deus e espera d’Ele justiça para os oprimidos, segundo a espiritualidade dos pobres de Iahweh. Procura compreender os projetos de Deus, pronta a colocar-se à disposição como humilde “serva do Senhor” (Lc 1,38): aliás, este é o único título que se lhe atribui. Custa a entender seu filho Jesus; segue-o com cuidado materno e com fé heróica; compartilha com Ele a pobreza de Belém, o exílio do Egito, a quietude escondida em Nazaré, a angústia do Calvário. Finalmente, em Jerusalém, está no núcleo inicial da comunidade cristã, em oração para invocar a vinda do Espírito Santo.
Maria está presente nos momentos decisivos: Natal, Páscoa e Pentecostes; são os momentos que marcam respectivamente o início, a realização e a comunicação da salvação. Enquanto seu filho é a imagem pessoal de Deus salvador, Ela é o modelo da humanidade salva: uma de nós, mas redimida e associada a Ele de modo totalmente singular. Nela a Igreja encontra a sua primeira e mais perfeita realização “na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (LG 63). Não é sem motivo que o evangelho de Lucas a apresenta como a nova Jerusalém (cf. Lc 1,28-30 ); o evangelho de João a indica como a mulher-símbolo de Israel (cf. Jo 2,4; 19,26); o Apocalipse a coloca junto ao povo de Deus como a figura da mulher vestida de sol, que gera o Messias e é assaltada pelo dragão no deserto (cf. Ap 12,1-17).
Maria está no centro da Igreja como num perene Pentecostes. Nela se concentram os dons de Deus: a presença do Espírito, a beleza interior da santidade, a glória celeste, a cooperação na missão salvífica de Cristo. Em Maria o mistério da Igreja resplandece com luz puríssima. Ela não é um mito; ao contrário, é um modelo concreto de vida cristã.
Confiemos a Maria, Rainha das Famílias, nosso Movimento, que ela nos proteja, nos abençoe e constantemente interceda por nós.


Pe. Leandro Miguel Chiarello
SCE Região RSI
Porto Alegre-RS

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